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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Natal

Continuando os posts de fim de ano, conto agora meu natal norueguês em detalhes.

Dia 24, um dia depois do meu aniversário e Lillejuleaften (Pequena noite de natal, em tradução livre). Todos acordam e ainda vão atrás dos últimos presentes e preparativos para a ceia, que acontece por volta das 6h.

O middag (a principal refeição durante o dia, uma espécie de almoço bem atrasado que já fica servindo de jantar) foi servido cerca de 6h da tarde. O prato principal foi um porco assado com ameixas, bem parecido com a leitoa brasileira, mas sem a parte pururuca (aqui eles são bem preocupados com alimentos saudáveis, sem gordura, me fazendo, as vezes implorar por uma fatia de bacon ou simplesmente por um leite que não seja desnatado).

Durante a "ceia", o pai lê um texto do Evangelho do dia (apesar de só a mãe frequentar a igreja) e no final todos encerram cantando uma canção natalina.

Para a sobremesa, morangos na calda com creme. Uma tradição interessante é esconder uma amêndoa no meio do creme, e a pessoa que conseguir pega-lá é contemplada com um doce de Marzipan em forma de porco. Nesse caso, o sortudo foi meu irmão Ole Morten.


Essa tradição é bem forte e é possível encontrar na época do natal muitos diferentes tipos de porcos nos supermercados. Com diferentes formatos, cores e tamanho.

Acabamos de comer e já fomos abrir os presentes, pois como na casa não há nenhuma criança, não é preciso esperar até o bom velhinho, que por aqui é chamado de Jule Nisen (le-se Iule, J sempre com som de i) entregar os presentes.



Ao contrário de atacar a árvore, como vemos nos filmes americanos, cada um abre um pacote por vez, civilizadamente. Como a quantidade de presentes é bem grande, pois mesmo os familiares bem distantes mandam presentes. O hábito de dar presentes é muito forte aqui na Noruega. Recebi presentes até de tios da primeira família que tive bem pouco contato.



Acabamos de abrir os presentes, limpamos a sala dos inúmeros papéis no chão, tomamos um café, (nunca vi um povo depois dos brasileiros gostarem tanto de café, e o pior é que é totalmente sem açucar!) e já fomos para a cama, afinal o natal estava apenas começando...

No dia seguinte pegamos o carro e fomos para Bjouli, uma pequena vila a 300 km de Lillehammer. A cidade mais perto é Brøste, da onde vem o sobrenome do meu pai (Odd Sigmund Brøste).


vistamos alguns tios e tias e o avós que lá moram. Tive a oportunidade de praticar pela primeira vez Slalåm Ski, que é quase um Downhill, com a diferença que você vai fazendo curvas durante a descida. Essa modalidade é bem mais divertida que Cross-Country, pois não se cansa muito e é bem mais rápido, porém, com maior velocidade, os tombos são bem maiores também!



Motivação não é o ponto forte do departamento de turismo de Bjourli