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sábado, 12 de janeiro de 2008

Desabafo de um esquiador frustrado

Minha primeira experiência com esqui aqui na Noruega foi no final de dezembro, em Sjusjøen, como postei o vídeo aqui no blog.

A modalidade praticada naquele dia com meu então pai Ragnar, foi o Cross-Country ski, também conhecido com esqui clássico. Nesse tipo de esqui, você trabalha com quase todos os músculos do corpo, principalmente com os braços, pois é de lá que sai a força para dar impulso é você se deslocar para frente. Quinze minutos de Cross-Country é o suficiente para você dar entrada em algum hospital por exaustão.



Nas pistas há um tipo de canaleta, um para cada pé, para "facilitar" o percurso e para você "não" se preocupar em tomar o rumo errado dentro da pista. No vídeo, por se tratar de uma competição profissional, eles não usam as canaletas, mas elas podem serem vistas, no chão ao lado direito.

O problema é quando, em algum trecho, por alguma razão, estas canaletas não existem, fazendo você perder totalmente a estabilidade e o rumo que está tomando.

Se por acaso, você inclina seu corpo para um dos lados, seu pé fica preso nessas canaletas, pois sua função é exatamente impedir que os esquis saiam para os lados, aumentando em 99% sua chance de levar um tombo. Os esquis de Cross-Country são muito longos, chegando a quase 2 metros de comprimento, tentar andar normalmente com eles nos pés é uma tarefa impossível.

Quando nos deparamos com uma descida e com curvas ao mesmo, tempos que levantar nossos pé, tira-los da canaleta, brecar e virar ao mesmo tempo, tudo isso em velocidade de descida. Resultado: um belo de um tombo no final da ladeira e algumas marcas roxas pelo corpo.

O Cross-Country é uma modalidade recomendada para quem deseja adquirir balanço e resistência física. Mas definitivamente não recomendada para brasileiros amadores em esqui!